Muito nos preocupamos quando as intenções acordistas da Neo-FSSPX se tornaram evidentes no início de 2012. As informações que Menzingen queria que permanecessem em segredo foram divulgadas quando vieram à luz as cartas trocadas entre o superior geral e os outros três bispos, a declaração doutrinal e outros documentos. Também houve as entrevistas de Dom Fellay, onde ele falou aquilo que agradava Roma. O fato é que, apesar de todo esforço, Dom Fellay não conseguiu o acordo prático. Pelo menos por enquanto.
Mas, de qualquer forma, a crise serviu para abrir os olhos de muita gente. Mesmo tendo fracassado a tentativa de acordo, ela foi muito reveladora. Como pode alguém perfeitamente católico sequer sonhar em fazer um acordo com os hereges modernistas? Dom Lefebvre foi mais longe do que deveria ter ido nas conversas com a Roma da década de 1980. Ele mesmo, humildemente, admitiu isto. E tanto aprendeu com seu erro que declarou diversas vezes, depois das sagrações, que jamais se poderia aceitar um acordo prático. As suas palavras, desde então e até sua morte, foram sempre no sentido de que somente a conversão de Roma poderia nos colocar em comunhão com eles novamente. A história da comissão Ecclesia Dei e de todos os peixes que ela fisgou, e que acabaram na frigideira, prova o quanto o grande arcebispo tinha razão. Então, retomemos a pergunta: depois de todas as lições aprendidas, como pode alguém ainda querer um acordo com a Roma que perdeu a Fé?
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